Summary
Sumário
Temos mais sorte prevendo as mudanças tecnológicas do que sociais. Já hoje podemos dizer como vai evoluir a Internet das coisas, qual o rumo que irão tomar a energia e a medicina do futuro, quais novas maravilhas nos irão trazer as impressoras 3D em 2030 e, respetivamente, como vai mudar a economia global e seus agentes. Porém, a nossa capacidade de previsão nos falha muito quando tentamos imaginar a sociedade que vai viver neste novo mundo, ou melhor ainda, as sociedades. Afinal, se realmente começa o período da chamada pós-modernidade ou modernidade líquida, quando deixam de ser necessários muitos atributos habituais, tais como as instituições, negócios, sistemas de obrigações e mesmo a maneira de como se fazem escolhas na vida, nessas novas condições é bem provável que apareçam, em vez de uma sociedade, múltiplas microsociedades móveis que se vão a tornar os principais motores de qualquer processo, assim opina o Presidente do Conselho Editorial da BRICS Business Magazine Ruben Vardanian. Será muito interessante ver como eles vão concordam entre si sobre o que é bom e o que é ruim.
A última gota
O fator principal que causou os protestos em massa e a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não foi a fraca economia, mas antes a indignação da classe média brasileira com a escala sem precedentes de corrupção no país. Até as novas eleições presidenciais o Brasil deverá passar por dois anos de luta política muito dura e complexa com um resultado imprevisível, opina o Professor Dr. Sergei Vassiliev, Vice-Presidente da Vnesheconombank, Presidente do Conselho Empresarial Russo-Brasileiro.
Seguindo a narrativa
Enquanto o sistema econômico global crescer graças às atividades dos investidores e outros agentes de mercado com mais iniciativa, a humanidade sempre será confrontada com o risco de algumas histórias negativas poderem ofuscar de repente, por um tempo limitado, as iniciativas positivas que dominam o terreno global. Os reguladores devem fazer face aos riscos provenientes das estruturas que, por definição, são propensas a vários scenarios de desestabilização, tais como, por exemplo, os fundos dos mercados monetários. No entanto, as medidas de controle urgentes que se tomam estão sempre estreitamente ligadas a um determinado momento e um contexto concreto, já que a narrativa está sempre em mutação. A reacção que esta narrativa produz na sociedade é capaz de mais uma vez revelar as falhas que temos em nossa “armadura” financeira, escreve na sua coluna o Professor de Economia na Universidade de Yale Robert Shiller, ganhador de Prêmio Nobel em 2013.
A grande troika do terceiro mundo
Por muito diferentes que sejam, Cuba, Irã e Myanmar têm em comum algo importante: cada um dos três países está no limiar de uma nova era na sua história com potencial de atingirem, num futuro próximo, a taxa de crescimento mais rápida de entre as outras economias emergentes. Vladimir Korovkine, o Chefe de Tecnologias Digitais do Instituto de Estudos das Economias Emergentes SKOLKOVO partilha com o leitor da BRICS Business Magazine as suas perspetivas sobre o passado histórico, os problemas mais atuais de hoje, os principais desafios e fontes de riscos, assim como futuros scenários da grande troika.